segunda-feira, 30 de abril de 2012

Billabong XXL - Melhor performance feminina 2012

As mulheres tem mostrado cada vez mais a cara no hall dos melhores surfistas de ondas grandes do mundo e o Brasil está em alta. Nossa Maya Gabeira, vencedora das ultimas 4 edições do evento, está dentro e tem fortes chances de vencer. Mas a concorrência esse ano está mais acirrada do que nos anos anteriores e novas surfistas "Big Riders"estão apontando no horizonte.


1- O drop da hawaiana Paige Alms na remada em Jaws é o mais impressionante,  mas a onda não passa de um drop insano.

2-O videomaker pode ter perdido o drop da carioca Maya Gabeira, mas ela vem em uma direita de Outer Reef - Oahu,  que parece combinar o tamanho e extensão necessária rumo ao pentacampeonato. Nice shot Maya!

3- Keala Kennelly consegue o tubo perfeito, direto do swell de agosto de 2011 em Teahupoo, aquele do "Red Code". Sick.

4- A paulista Silvia Nabuco foi inscrita nas categorias Melhor performance feminina e Maior onda remada ao lado dos brasileiros Carlos Burle e Danilo Couto. Mas aínda não chegou o dia de concorrer ao lado deles, quem sabe no ano que vem. Mal podemos esperar. Orgulho Silvinha!
Couto segue na final desta categoria originalmente chamada de "Monster Paddle".

5- A jovem californiana Savanah Shaughenessy vem treinando duro em quase todos os grandes swells de Puerto escondido  e Mavericks.  A garota recebeu esse ano o prêmio de melhor surfista feminina em Maverick's por sua performance no local durante todo o inverno californiano.

Go Big, girls!

Confira o resultado no dia 4 de maio.
http://www.billabongxxl.com/

domingo, 29 de abril de 2012

Red Code - O Documentário

No ano passado, durante o evento do World Tour 2011 em Teahupoo, um swell gigante entrou no Tahiti,  acionando alerta vermelho e interrompendo o campeonato. Mas para os "Big Riders, esse foi o momento perfeito para entrar em ação.



Cenas impressionantes de surfistas excepcionais visitando a maior e mais expressiva caverna de água do planeta.

Canoa Havaiana - Introdução

Os Maoris, ou antigos povos polinésios, transitavam entre seus dominios montados em canoas projetadas especialmente para navegar grandes distância em mar aberto. Usavam uma mistura entre o vento e os próprios braços como força motiz.

Naquele tempo, não existia nenhum transporte mais eficiente do que essas canoas, que eram usadas tanto pela sociedade polinésia para fins cotidianos como para conduzir exércitos e para conquistar territórios.

                                O Hawaii foi conquistado por canoas polinésias

 Os navegadores passavam por um treino físico rígido desde a infância e por diversos rituais espirituais, além de uma verdadeira faculdade de conhecimentos do oceano.

O segredo do sucesso das canoas polinésias, além do design que facilitava navegar sobre grandes ondas e mares ajitados,  era sem duvida seu sistema de remada conjunta, que proporcionava velocidade, autonomia e flexibilidade para escapar de situações de perigo. Em muitas canoas, todos os  seus tripulantes remavam. Então nas partidas eles usavam a arrancada humana e nas chegadas tinham muito mais agilidade para aportar.


Esse sistema de remada pode ser aprendido hoje nas multiplas escolas de "canoa havaiana". É um esporte encantador que combina muito com o surf, tonificando os músculos para remada e trazendo algum conhecimento do verdadeiro espírito Aloha, dos antigos Maori.

Aloha significa coração aberto, alegria, presença. E essa presença nesse esporte é cobrada no momento em que você começa a remar, com mais cinco pessoas, até atingir uma velocidade considerável na mais perfeita sincronia. A impressão é de que sua força é 10 vezes maior, o que causa uma estranha sensação de poder. Porém exige qualidade nos movimentos e alguma técnica.

A Surfing Moon magazine está preparando uma série de matérias sobre esse esporte que pode salvar os surfistas dos mares flats, da perda de ritimo na remada e das sessions de excesso de trabalho nas grandes cidades. Encontre a sua escola.
                                                    Fim de tarde na raia da USP


A Namorada do Mito

Muita gente fala por aí que o Kelly sossegou, parou de correr atás das gostosas da mídia para se juntar com uma garota simples e amiga. Ironias á parte, a atual namorada de Slater é muito mais arretada do que todo mundo pensa.

A garota Kalani Miller de 25 anos e sua irmã Oleema, possuem sua própria marca de biquínis, a Mikoh Swimwear. Além de ser independente e bonita, é surfista.

Todas as namoradas famosas de Kelly, tentaram aprender a surfar, mas mesmo tendo "o próprio" como professor, não avançaram muito no caminho. Mas Kalani tem o surf incorporado no seu dia-adia e junta a necessidade de acompanhar o namorado pelos mundiais ás suas pesquisas e responsabilidades com a marca, passando segundo ela, pelo menos 9 meses do ano em viagens.

Deve ser porisso que a coleção Mikoh Swimwear 2012 é inspirada em garotas aventureiras que adoram viajar. O nome da campanha é "L'espirit Libre" e é uma mistura do glamour e da liberdade da moda dos anos 60 com o lado livre de uma jovem surfer girl dos dias de hoje. Seja qual for a meta, o objetivo é viajar!

Confira o vídeo da campanha


MIKOH SWIMWEAR 2012 COLLECTION L'ESPRIT LIBRE from MIKOH SWIMWEAR on Vimeo.

Bikini - Uniforme de surfista


Nós surfistas, somos fãs de biquínis. Nada melhor do que surfar com o corpo livre, sentindo a temperatura da agua, a prancha como extensão do corpo, em contato direto com o mar  sem nada agarrando em seus braços ou prendendo seus movimentos.

                                         Maya Gabeira livre, leve e eficiente

Assim é a sensação de surfar de bikini. (no português correto: biquíni mas a gente adora a versão em inglês)

Algumas surfistas não gostam dessa prática (ou são impedidas pelos namorados) por considerarem o outside como um ambiente muito masculino para "exibir o corpo", mas a verdade é que se a garota tem atitude e está lá fora para pegar ondas, ela se torna mais um competidor, e cria automaticamente com os surfistas uma relação de rivalidade e respeito (com dosagens variantes).

Tudo bem que no calor os meninos tem a vantagem de surfar sem camisa, mas ás vezes, por causa dos pelos que grudam na parafina, a sensação nem é tão agradável. Já para nós mulheres, que temos o corpo lisinho, a sensação de dropar uma onda vestindo apenas essas duas eficientes mínimas partes, é de liberdade plena, como nos filmes de ação,  mas é o climax da vida real.

                                         Cena do filme "Blue Crush"

Os melhores biqínis para a prática de surf são aqueles que vestem perfeitamente o corpo, dando sustentação para que nada saia do lugar. Por incrível que pareça o modelo "curtininha" é o mais eficiente para a maioria dos corpos, porque é ajustável. A parte de baixo pode ou não ser ajustável, mas os modelos pequenos e fio-dental não são os mais adequados.

Porém, quando somos iniciantes, o uso de shorts e lycras e até do neopranes fornecem uma proteção extra, não só para o frio mas também para as quedas, raladas na areia e no choque com outras pranchas e principalmente com a própria prancha, que são muito comuns no estágio inicial. Sem falar que as lycras economizam protetor solar e o meio ambiente.
 
Dica para a surfista: Verdade que devido á sensibilidade na nossa pele ás vezes a parafina dá uma raladinha na barriga, no joelho, nas cochas....Mas nada que uma lycra, ou um pouco de vasilina no local de atrito,  não resolva. Aproveite também para perceber onde você está colocando a sua força, onde está sobrecarregado, porque está machucando, onde está tendo contato de mais ou de menos na prancha, onde você encosta, não enconta, etc... Tudo isso vai ajudar você a encontrar o seu ponto de equilíbrio e entrar em harmonia com sua prancha.

                                      Cassia Bianco, sua editora da SurfingMoon
                       


sábado, 28 de abril de 2012

Sofia Mulanovich - De Punta Hermosa para el Mundo

A peruana Sofia Mulanovich, dona de um surf corajoso e cheio de estilo, fez história ao se tornar a primeira sul-americana a ganhar um título mundial de surf. O feito foi realizado em 2004, quando Sofia tinha apenas 20 anos.

Desde então a garota segue no dream tour, trazendo sempre para casa resultados consistentes.

Sofia e Kelly campeões do mundo em 2004

Sofia começou a surfar aos 9 anos, nos incríveis surf spots de Punta Hermosa, ao sul da capital Lima, no Peru. Desde cedo foi apelidada "La Gringa", pelos surfistas locais,  por ser loira e bem diferente da maioria das garotas peruanas. Descendente de imigrantes Croatas, Sofia vem de uma família de surfistas, pai, avô e irmãos, que deram a ela desde a infância, todo o suporte necessário para que se tornasse uma campeã no futuro.

Onde foi criada, perto do pico de "La Isla" a maioria dos surfistas a conhecem e gostam de falar sobre sua disciplina e dedicação ao esporte.

Em 2007 ela também se tornou a primeira surfista sul-americana (entre homens e mulheres) a entrar para "o Hall da fama do Surf". Suas habilidades a tornaram um ícone em seu país, consagrada definitivamente em 2009 quando ganhou uma etapa do tour em casa, no "moviestar peru classic" realizada nas esquerdas perfeitas de Lobitos.

Na época Sofia bateu a aussie Stephanie Gilmore, que seguia invicta rumo ao tricampeonato causando verdadeira comoção em terras peruanas.

Esse ano Sofia Mulanovich segue entre as 10 melhores surfistas do mundo e seu surf é inpiração para muitas meninas em sua linda terra natal e por todo o mundo.

Torcemos para que ela continue quebrando as ondas para representar o nosso continente, também muito bem defendido por brasucas de responsa como Jaqueline Silva e Silvana Lima.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

"The Drifter" - A Inspiração

Imagine um filme onde Rob Machado faz o papel dele mesmo, meio surfista, meio ator, no mais puro estilo Brando. Um documentário com fotografia de arte,  roteiro de ficção, locado no paraíso das ondas perfeitas do oceano Indico

O filme é "The Drifter", uma espécie de road movie onde durante uma crise existencial no auge de sua carreira, o americano Rob Machado se propõe a viajar sem rumo definido pela Indonésia,  com intuito de se jogar no desconhecido,  para fora da zona de conforto,  na busca uma visão mais original dos seus próprios sonhos e desejos.

Na trajetória, o protagonista se encontra com personagens nativos, que são convidados a trazer seus dramas reais para dentro da tela, gerando um contraponto cultural que enriquece a narrativa para além dos limites de um autorretrato de atleta profissional.

Em uma das sessões mais cativantes já registradas no mundo do surf (abaixo), Rob surfa na pressão essa longa esquerda tubular, entrando e saíndo do tubo no timming perfeito,  sem nunca buscar atacar a onda mas sim fluir junto com ela. É o movimento insano de um surfista fazendo amor com sua onda dos sonhos.

Delícia de surfista, hein garotas? E foi homenageado com o primeiro Post da nossa revista eletrônica SurfingMoon.


Mérito também para o cineasta Taylor Steele, que fez um trabalho único entre os filmes de surf da atualidade.