sábado, 16 de junho de 2012

Blue Crush - O filme que influenciou uma geração

    cena clássica do Blue Crush, reproduzida em Blue crush 2 

Assim como músicas marcam fases e imagens marcam época,  um filme pode gerar tendências e influenciar toda uma geração. É o caso de Blue Crush (A Onda dos Sonhos), de John Stockwell, patrocinado pela Billabong, produzido pela Universal Studios e Imagine Entreteniment, lançado em 2002, época em que o surf feminino iniciava um de seus maiores upgrades desde o fenômeno Lisa Andersen nos anos 90.


O filme se passa no Hawaii e conta a história de 3 amigas que tem o surf nas veias e batalham como podem para pagar as contas e ao mesmo tempo treinar para surfar as ondas mais poderosas do mundo. O sonho delas, como uma família de garotas do north shore, é viver de surf,  e aumentam as esperanças quando Anne Marie ( Kate Bosworth) recebe um convite (wild card) para  participar como representante local entre as profissionais,  da etapa mais temida e esperada do tour, o Billlabong Pipe Masters.


Voltando no tempo - ASP Women's World Tour  2002

O ano de 2002 teve 6 etapas sendo 3 delas em "ondas dos sonhos" como Teahupoo, Honolua Bay e Tavarua (Fiji). Nesse ano,  o sonho de se tornar surfista profissional patrocinada,  já começava a se tornar realidade no mundo feminino principalmente através das figuras de Layne Beachley, Keala Kennelly e Rochelle Ballard, que inclusive, participaram do filme como dublês. Mas já haviam outras grandes surfistas no tour, todas exibindo talento e radicalidade. A brasileira Jacqueline Silva, foi vice-campeã mundial em 2002,  perdendo apenas para Layne, que se tornou tetra campeã nesse mesmo ano. Melanie Redman-Car, Lynette MacKenzie e Megan Adubo também venceram etapas em 2002, sendo Megan a dublê da personagem Lena (Michelle Rodriguez)  na água.

Na trama, Anne Marie sabe que se tiver a chance de surfar boas ondas no campeonato pode mudar o seu destino e de suas amigas Lena e Eden (personagem de Sanoe Lake, local do Kauai) além de dar um futuro melhor á sua irmã mais nova, a rebelde Penny (Mika Boorem). Por isso as personagens esbanjam atitude e disposição, em treinamentos de apinéia, corridas, flexões, tow-in e encarando grandes swells em meio ao crowd furioso de Banzai Pipeline.


O filme foi um estouro de público, muito bem aceito no mundo do surf, utilizou como elenco de apoio os próprios locais  do north shore e teve atletas de elite em suas funções originais. Além disso serviu como inspiração para a novíssima geração de atletas femininas, tendo a maioria já citado seu amor pelo filme em entrevistas e redes sociais, como Carissa Moore, Maya Gabeira e Laura Enever que conquistou um papel no filme Blue Crush 2 (2011).

Porque amamos Blue Crush? Porque o filme tem uma trama  bem articulada que  mistura romance, personagens atraentes e incriveis cenas de ação contemplando surf feminino, além é claro,  de uma empolgante trilha sonora.

Dez anos se passaram e Blue Crush continua nas listas dos melhores filmes sobre "cultura surf" de todos os tempos ao lado de outros clássicos como Big Weanesday, 1979.

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